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Naval 1-3 F.C.PORTO








F.C.PORTO 3-0 Nacional





Paços 1-1 F.C.PORTO









FC Porto 2-0 Paços (16- super taça)


O FC Porto começou a temporada 2009/10 como tinha terminado a anterior: a ganhar. Mais concretamente a ganhar a 16ª Supertaça do seu historial, assegurada com uma vitória sobre o mesmo Paços de Ferreira que já tinha batido na final da Taça de Portugal e que volta a encontrar no próximo fim-de-semana, no arranque do campeonato. Aliás, se alguma coisa ficou patente durante o jogo de ontem é que em confronto estavam dois adversários que se conhecem muito bem, o que poderá começar a explicar as enormes dificuldades sentidas pelos tetracampeões nacionais para conseguirem quebrar a resistência dos pacenses. Aliás, não deixa de ser sintomático que o primeiro golo da partida tenha resultado de um enorme erro de Cássio. Um erro forçado por Farías, é verdade, mas um erro enorme, ainda assim, tão grande que o jogo terá ficado decidido aí, mesmo que o melhor estivesse guardado para o fim, quando Bruno Alves ganhou asas e voou por cima da defesa pacense para marcar aquele que já é um candidato a melhor golo da temporada.

Antes dos golos, durante a primeira hora de jogo, assistiu-se a uma partida aborrecida, equilibrada num domínio inconsequente exercido pelo FC Porto, consentido pelo Paços de Ferreira e marcado por um futebol tão previsível como o final prematuro de um namoro de Verão. Também é verdade que Jesualdo Ferreira não surpreendeu ninguém, a começar por Paulo Sérgio, que sabia exactamente o que esperar de um FC Porto que, apesar dos desmentidos do seu treinador, foi durante toda a primeira parte demasiado dependente das iniciativas de Hulk para ser perigoso.

Ainda sem Rodríguez e impedido de usar Falcao, Jesualdo Ferreira fez exactamente o que se esperava, colocando Hulk na posição de ponta-de-lança com o apoio de Varela e Mariano, ambos com ordens para trocarem de posição no sentido de baralharem as marcações, o que nunca aconteceu. De facto, durante a maior parte do jogo a defesa do Paços de Ferreira foi sempre mais eficaz do que o ataque do FC Porto, ganhando até o fôlego necessário para que os outros pacenses fossem muitas vezes perigosos na exploração do contra-ataque. Cristiano, em particular, e também Romeu Torres e Baiano foram mantendo a defesa portista em sentido, demonstrando uma frescura que desmentiu quaisquer sequelas do jogo disputado a meio da semana com o Bnei Yehuda.

Jesualdo tentou quebrar o impasse ao intervalo: tirou o médio Belluschi, incapaz de soluções para os problemas causados pela organização defensiva do Paços de Ferreira, recuou Mariano para o meio-campo e acrescentou Farías ao ataque, deslocando Hulk para o lado esquerdo, onde a velocidade do brasileiro podia fazer mais estragos nos duelos com Filipe Anunciação. Na verdade, não foi preciso nada disso para chegar ao golo: bastou Farías forçar Cássio a cometer um erro enorme para o FC Porto chegar à vantagem, reduzindo a estratégia pacense a pó. Claro que o Paços de Ferreira reagiu e, como é evidente, foi durante essa fase que o FC Porto foi mais perigoso, aproveitando os espaços que finalmente apareciam no ataque.

O segundo golo acabou por surgir com naturalidade, embora o voo de Bruno Alves sobre a defesa pacense para cabecear o canto cobrado por Raul Meireles tenha tido qualquer coisa de sobrenatural. Um supergolo a encerrar a Supertaça. Faz sentido.